quarta-feira, 11 de março de 2009

conectar e viver. viver e conectar, eis a questão!

questionar a função da vida em rede, como a melhor estratégia de aperfeiçoar as relações, dos negócios e das emoções, é extremamente  perigoso e excludente. há uma discussão in-tensa entre quem acompanhou, e acompanha, o processo evolutivo da internet. o começo da era digital partiu na quebra de para-dogmas, em que uma sociedade - particular - lutava por um grupo restrito de pessoas: - tenho telefone e computador, logo, estou conectado ao meu mundo. assim, faço parte da minoria. talvez, uma ideia "mágica", no princípio da revolução, nos anos 90, seria separar para dividir. a verdade é que as intenções  (boas-más), e a disseminação do uso da rede foram ganhando forma, espaço, e metamorfoseando o seu objetivo. o papel da internet se alterou tanto, que com a própria evolução do homem, que se transforma rapidamente, os hábitos dos novos e dos velhos usuários também mudaram (e mudam), exigem mais, a cada dia mais. o intercâmbio cultural, nas pontas dos dedos, promove novas tendências. mas é como uma disputa, em um time desleal, quase que uma união desunida. que, consequentemente, acelera os passos de profissionais desenvolvedores,  algozes, para o incremento de novas plataformas,  que deverão alimentar a cada dia novos formatos de trabalho e de suprimento das novas "necessidades". há, ainda, os que não se adaptam e resistem. mais que resistir ao antigo, não se adequam. a cada momento milhares de cabeças incomodadas, homens de negócios, aplicam tempo X dinheiro para descobrirem (ou solucionarem novos problemas, estes que um dia não existiram), e que aplicarão no mundo capitalista novos vícios de consumo. é uma maneira inovadora de "implodir" o mundo, ainda que este seja apenas o virtual, mas que traz impactos cá fora. o que existe, neste momento, é a alta tecnologia, mais inovadora, na palma da mão, mas amanhã esta envelhecerá, e envelhecer o tempo da tecnologia é como a morte do presente. é  importante destacar que as intenções dos usuários da internet são e serão sempre exageradas, a saber por coordenar e acatar tantas mutações, de hora em hora, de bit a bit. o sistema virtual é um movimento em constante deformação, forçado pelo homem. com a vida conectada passamos a perceber que as dificuldades, como o ensino, as emoções e os negócios não têm fronteiras. assassinar a realidade para viver da virtualidade, é uma vida em declínio: o que é real fora do virtual? o que é virtual fora do real? estamos voltando para a caverna, revivendo a alegoria. estamos esquecendo que existe um mundo real, tático e sensorial. estamos confundido os papeis sociais. a vida de verdade está comprimida ao irreal. o que deveria realmente prevalecer, não prevalece, o que deveria ser bom, é estressante. o que deveria trazer benefícios, escraviza. é um niilismo particular, porém compartilhado, de cada um, em uma estrada sem rumo e sem fim.